












Em "Assombros da Casa-Grande", Marcos Queiroz mergulha na intrincada relação entre a história política e jurídica do Brasil e a centralidade da "raça". Este livro oferece uma análise precisa e atual do sistema jurídico brasileiro a partir da Constituição de 1824, peça-chave para a perpetuação da escravidão, apesar de sua fama de "liberal".
A obra começa com uma leitura de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", descontrói o mito da democracia racial de Gilberto Freyre e avança até as doutrinas jurídicas contemporâneas. Queiroz expõe de forma contundente como o direito brasileiro evita as questões raciais que fundaram o país, mesmo sendo moldado pelo racismo.
O livro insere o Brasil em um contexto global de exploração escravista, destacando o pavor gerado pelo levante haitiano nos donos do poder brasileiros. Analisa também a postura de Simón Bolívar na América Espanhola, evidenciando as complexidades da luta pela liberdade.

