






Descubra como o legado do colonialismo e do racismo molda nosso presente e desafia o futuro.
Elizabeth A. Povinelli, em "Catástrofe ancestral: e existências no liberalismo tardio", lança um olhar crítico sobre o projeto iluminista ocidental, apontando-o como a raiz das crises existenciais que ameaçam nosso planeta. A obra desvela como as catástrofes do passado, iniciadas com a colonização, continuam a gerar novas crises, alimentadas pelo colonialismo e racismo, em vez de serem superadas pelo progresso liberal.
Utilizando referências de pensadores como Glissant, Deleuze, Guattari, Césaire e Arendt, e sua própria experiência com povos aborígenes, Povinelli expõe a violência colonial capitalista e sua agência destrutiva.
Denuncia a negação da relação entre o bem-estar de alguns e a degradação ambiental e social de outros, evidenciando a desconexão com a origem de recursos e resíduos.
Critica a superficialidade das respostas do liberalismo tardio aos movimentos anticoloniais e anticapitalistas, que mascaram a manutenção do sistema.
A autora propõe que a saída para o estado de emergência atual reside no reconhecimento e valorização dos saberes e práticas dos povos subjugados, que foram sorrateiramente absorvidos e explorados pela cultura ocidental.

