






Uma jornada literária que explora a força do colonialismo, a ancestralidade e a busca por um lugar no mundo.
"A umidade entra pelos meus pulmões, afunda meu tórax como se uma aranha tecesse seu lar no meu peito. Sou sua okupação, estou tomada."
Em "Chilco", a autora nos presenteia com uma narrativa que, com delicadeza brutal, mergulha nas profundezas da origem, do território e do sentimento de pertencimento. Uma obra que ressoa com a força de quem busca suas raízes em meio às cicatrizes do passado.
Após presenciar a especulação imobiliária tomar conta do centro da Capital, Mari e Pascale buscam refúgio em Chilco, uma ilha mapuche. O deslocamento expõe as complexidades da relação do casal, a ancestralidade e os efeitos devastadores do colonialismo na memória e nos afetos.
"Chilco" se apresenta como um dossiê íntimo e político, entrelaçando dados históricos da ilha com a "genealogia manca" de Mari. Uma obra que dá forma ao despertar de sua consciência em uma narrativa profundamente latino-americana.

